Para que a recuperação de
informação seja eficaz, os pontos de acesso dos registos têm de garantir que há:
ü uniformidade
ü consistência
ü coerência
Recursos impressos - pessoas físicas:
a) Pessoa – física: obras com uma única menção de
responsabilidade ou até três menções de responsabilidade principal
â O
cabeçalho é feito pelo nome do autor;
â Quando há
mais que um autor, o cabeçalho é feito pelo nome daquele que consta em primeiro
lugar na folha de rosto.
b) Pessoa – física: obras com mais do que três menções de
responsabilidade principal
â O
cabeçalho é feito pelo título.
c) Pessoa – física: obra
anónima
â O
cabeçalho é feito pelo título.
d) Pessoa – física: obra sob a responsabilidade de um
compilador, um coordenador, um diretor,
um editor literário ou um organizador
â O
cabeçalho é feito pelo título.
Normas gerais para o nome de pessoas físicas:
1° - Palavra de ordem (i.e., na maioria dos casos, o apelido);
2° - Restantes elementos do nome (ou seja, o nome próprio e os restantes
apelidos);
3° - Os elementos distintivos que se associam ao nome (indicação de pseudónimos,
locativos, títulos nobiliárquicos, etc.);
4° - Datas de nascimento e morte;
5° - Outros elementos distintivos.
Exemplos:
APELIDO, Nome
APELIDO, Nome, pseud.
APELIDO, Nome, data de nascimento
APELIDO, Nome, data de nascimento-data de morte
APELIDO, Nome, pseud., data de nascimento-data de morte
APELIDO, Nome, data de nascimento-data de morte, outro elemento
distintivo
Escolha do ponto de acesso autorizado (cabeçalho uniforme)
Em caso de dúvida consulta a Biblioteca Nacional (http://porbase.bnportugal.pt/ )
1° - Forma do nome pela qual o autor é mais frequentemente identificado;
2° - Forma do nome pela qual o autor se referencia na sua obra;
3° - Forma do nome indicada nas obras de referencia (sobretudo quando se
trata de um autor mais antigo);
4° - Forma do nome mais recente quando se deu uma mudança intencional
(por exemplo nome adquirido pelo casamento);
Notas:
a)
Entre a forma do nome mais completa e a menos completa, deve
sempre escolher-se a mais completa;
b)
Os nomes são escritos na língua original, utilizando
ortografia atualizada (no ponto de acesso, na menção de responsabilidade deve
seguir-se a ortografia indicada no recurso):
Exceções:
-
os nomes dos autores clássicos gregos e latinos, dos
imperadores, dos reis, dos príncipes, dos papas e dos santos escrevem-se em
língua portuguesa;
-
quando os autores são poliglotas, escolhe-se a forma mais
frequente no país.
Regras específicas para os nomes:
â Apelidos simples: entrada pelo último
apelido
APELIDO, Nome, data(s)
â Apelidos compostos: entrada pelo
apelido composto
APELIDO COMPOSTO, Nome, data(s)
Nota: Em português nem sempre o hífen remete
para um apelido composto, deve consultar o ficheiro de autoridades da
Biblioteca Nacional
â Apelidos espanhóis (atenção a regra é
válida para todos os países de língua oficial espanhola): entrada pelos dois
apelidos que seguem ao nome
APELIDO APELIDO, Nome, data(s)
â Apelidos ingleses: entrada, em
geral, pelo prefixo (D’, De) ou por palavras de ordem especificas (O’, Mac, Mc)
D’ APELIDO, Nome, data(s)
DE APELIDO, Nome, data(s)
O’APELIDO, Nome, data(s)
MAC APELIDO, Nome, data(s)
MC APELIDO, Nome, data(s)
â Apelidos franceses: entrada pelo
apelido. Se o prefixo for um artigo (le, la, les, l’) ou a contração da
preposição com o artigo (du, de la, de l’, des), entrada pelo prefixo
LE APELIDO, Nome, data(s)
DU APELIDO, Nome, data(s)
â Apelidos alemães: entrada pelo
apelido. Se o prefixo for um artigo que resulta da contração da preposição com
o artigo (Am, Vom, Zum), entrada pelo prefixo
AM APELIDO, Nome, data(s)
VOM APELIDO, Nome, data(s)
ZUM APELIDO, Nome, data(s)
Mas APELIDO, Nome von, data(s)
â Apelidos italianos: no caso dos
autores modernos, entrada sempre pelo prefixo (d’, di) ; no caso dos autores
medievais, consultar as obras de referência
D’APELIDO, Nome, data(s)
Regras específicas para outras situações:
â Apelidos seguidos de uma designação de
parentesco (júnior, filho, neto): entrada pelo apelido seguido da designação
de parentesco
APELIDO DESIGNAÇÃO DE PARENTESCO, Nome, data(s)
â Pseudónimos:
-
se a totalidade ou a maioria da obra figura sob esse pseudónimo,
entrada pelo pseudónimo:
PSEUDÓNIMO, Nome,
pseud., data(s)
-
se o autor utiliza por vezes o nome real e por vezes o pseudónimo
e as obras têm a mesma tipologia, entrada pelo nome real.
-
Se o autor só utiliza o pseudónimo esporadicamente, entrada
pelo nome real.
â Nomes de religião: entrada pelo nome
de religião
NOME DE RELIGIÃO, Nome, data(s)
â Papas: entrada pelo nome
de Papa
NOME DE PAPA, Papa, data(s)
â Santos: entrada pelo nome
de santo
NOME DE SANTO, Nome, data(s)
â Soberanos: entrada pelo nome
próprio seguido do título
Nome, Rei de..., data(s)
Nome, Rainha de..., data(s)
Nome, Delfim de .., data(s)
â Títulos nobiliárquicos: entrada pelo título
seguido da palavra que indica o grau de nobreza
TÍTULO, grau de nobreza, data(s)
â Nomes seguidos de
locativos de origem ou termos análogos: entrada nome
NOME, locativo de origem, data(s)
NOME, termo análogo, data(s)
Normas gerais para o nome de coletividades autor:
a)
Coletividades independentes
O cabeçalho faz-se pelo nome da coletividade (ordem
direta)
b)
Coletividades dependentes (subordinadas ou
coordenadas)
â Coletividades cujo
nome inclui o do subordinante: cabeçalho pelo nome da coletividade
subordinante seguido do nome da coletividade subordinada
ENTIDADE
SUBORDINANTE. Entidade subordinada
â Coletividades cujo
nome implica que é parte componente de outra (departamento, divisão, secção,
etc.): cabeçalho pelo nome da coletividade subordinante seguido do nome da
coletividade que é parte componente
ENTIDADE
SUBORDINANTE. Entidade que é parte componente (incluindo a menção departamento,
divisão, secção, etc.)
â Nomes de
faculdades, de institutos de faculdades, etc.: cabeçalho pelo nome da
universidade seguido do da faculdade e do instituto
NOME DA UNIVERSIDADE. Nome da faculdade
NOME DA UNIVERSIDADE. Nome da faculdade. Nome do
Instituto
â Embaixadas e
consulados: cabeçalho pelo nome geográfico do país que representam (em português)
seguido da designação e do nome geográfico do pais ou cidade em que estão sediados
NOME GEOGRÁFICO DO PAÍS
QUE REPRESENTAM. Designação (embaixada ou consulado). (Nome geográfico do país
ou cidade em que estão sediados)
â Ministérios e
órgãos judiciais ou legislativos: cabeçalho pelo nome geográfico (cidade,
estado, país, província,etc.) seguido da designação do órgão
NOME GEOGRÁFICO. Designação
do órgão
NOME GEOGRÁFICO. Designação
do órgão subordinante. Designação do órgão subordinado
â Órgãos
administrativos, judiciais ou legislativos de carácter religioso: cabeçalho pelo
nome da igreja a que pertencem seguido do nome da coletividade
NOME DA IGREJA.
Nome da coletividade
NOME DA IGREJA.
Nome da coletividade subordinante. Nome da coletividade subordinada
NOME DA IGREJA.
Nome do grupo eventual, número do evento, local de realização, ano
â Comunicações
oficiais de chefes de estado, membros do governo, membros da igreja: cabeçalho pelo
nome geográfico ou nome de igreja seguido da designação do cargo desempenhado,
da(s) data(s) referentes ao desempenho do cargo e do nome de pessoa
NOME GEOGRÁFICO. Designação do cargo, data(s) (nome de
pessoa)
NOME DA IGREJA. Designação do cargo, data(s) (nome de
pessoa)
Determinar o cabeçalho de
um Registo vídeo / sonoro ou de uma imagem estática
Registo sonoro
a)
Em geral: o cabeçalho corresponde ao nome autor pessoa
física ou coletividade, o que normalmente corresponde ao compositor e/ou ao
interprete;
b)
Quando o conteúdo é falado (discurso, palestra, poesia,
etc.): o cabeçalho corresponde ao nome autor pessoa física ou coletividade do
discurso, palestra ou poesia
Registo vídeo
O
cabeçalho corresponde ao título do recurso
Pode
indicar-se o elenco como entrada secundária
Material gráfico
a) Fotografia: o
cabeçalho corresponde ao nome do fotógrafo
b) Cartaz: o
cabeçalho corresponde ao nome do autor pessoa física ou coletividade;
c) Diapositivo: o
cabeçalho corresponde ao nome do autor pessoa física ou coletividade;
d) Postal: o
cabeçalho corresponde ao nome do autor pessoa física ou coletividade;
e) Reprodução de
arte: o cabeçalho corresponde ao nome do autor original;
Pode
indicar-se entradas secundárias para outras menções de responsabilidade
consideradas relevantes.
Pontos de acesso para recursos contínuos
1. Publicações em série
O
cabeçalho é feito pelo título próprio, seguido do local da publicação e da data
de início da publicação (a pontuação é idêntica à das monografias).
As
entradas secundárias podem referir:
· O nome das
entidades responsáveis
· O título paralelo
2. Recursos integrantes
O
cabeçalho segue definido para o tipo de
recurso descrito.
Pontos de acesso no sistema MARC
O sistema procura
sempre pelo título próprio e pela menção de responsabilidade. Contudo, podem
definir-se outros pontos de acesso:
Bloco
|
Ponto de acesso
|
5
|
Títulos relacionados
|
6
|
Assuntos
|
7
|
Responsabilidade
intelectual
|
Bibliografia:
GUSMÃO, Armando Nobre de; CAMPOS, Fernanda Maria Guedes ; SOTTOMAYOR, José Carlos Garcia (Coord.) - Regras portuguesas de catalogação. 4a reimp. Lisboa : Biblioteca Nacional, 2010. 275 p. ISBN 972-565-242-8
IFLA- Descrição bibliográfica internacional normalizada. Trad. e rev. técnica de Rosa Maria Galvão, Margarida Lopes. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2012. 356 p. ISBN 978-972-565-479-8
SOTTOMAYOR, José Carlos (Ed.) - Regras de catalogação: descrição e acesso de recursos bibliográficos nas bibliotecas de língua portuguesa. Lisboa : BAD- Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, 2008, 1075 p. ISBN: 978-972-9067-38-0.
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